Nova regulamentação visa garantir segurança alimentar e expandir mercados internacionais, mas exige adaptação dos produtores rurais.

O setor agropecuário brasileiro está prestes a passar por uma transformação significativa com a futura atualização da rastreabilidade individual dos bovinos e bubalinos. A medida, que até então era voluntária para a maioria dos produtores, será implementada como parte de um esforço nacional para garantir maior segurança alimentar, atender a exigências sanitárias internacionais e consolidar a posição do Brasil como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo.
A rastreabilidade bovina consiste no monitoramento detalhado de cada animal desde o seu nascimento até o abate. Esse processo inclui o registro de informações sobre a origem, manejo, saúde e movimentações do gado ao longo da cadeia produtiva. No Brasil, o Sistema brasileiro
Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) já oferecia um modelo de rastreabilidade, mas sua adesão era majoritariamente voluntária, exceto para produtores que exportam para mercados que exigem esse controle.
Com a nova regulamentação, todos os pecuaristas terão que aderir ao sistema de rastreabilidade individual, o que representa um avanço importante na gestão e no controle sanitário dos rebanhos. A mudança também alinha o Brasil com padrões internacionais, como os da União Europeia, que exigem rastreabilidade rigorosa para produtos importados.
Benefícios – A implementação de um sistema de rastreabilidade traz diversos benefícios para o setor. Em primeiro lugar, garante maior segurança alimentar, uma vez que permite o acompanhamento completo do histórico do animal, facilitando o controle de surtos de doenças e o recall de produtos, se necessário.
Além disso, a rastreabilidade aumenta a confiabilidade do produto brasileiro no mercado internacional, abrindo portas para novos mercados e fortalecendo relações comerciais com países que já importam carne bovina do Brasil. “Essa mudança é um passo essencial para manter nossa competitividade global e garantir a qualidade dos nossos produtos”, afirma João Paulo Franco Silveira, Coordenador de Produção Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Desafios para os Produtores – Apesar dos benefícios, a implementação da rastreabilidade individual carrega alguns desafios, sobretudo aos pequenos criadores. O custo de aquisição de dispositivos de rastreamento, como brincos eletrônicos e microchips, além da necessidade de capacitação técnica, são obstáculos que muitos produtores rurais precisarão superar.
Para mitigar esses desafios, a CNA propôs um período de transição de até oito anos, durante o qual os produtores poderão se adaptar gradualmente às novas exigências. “Estamos numa fase de comunicação. É importante que o produtor saiba que isso vai acontecer e que ele vai ter que identificar os animais. Estamos falando de uma identificação

identificação simples, com informações básicas como ano de nascimento e as transições entre propriedades”, explica Silveira.
Futuro – A obrigatoriedade da rastreabilidade individual no Brasil está alinhada com um momento crucial para a pecuária nacional: a retirada da vacinação contra febre aftosa do calendário anual obrigatório. Com o país se preparando para ser declarado livre da doença sem vacinação, a rastreabilidade se torna ainda mais relevante, complementando as medidas sanitárias e fortalecendo a imagem do Brasil no cenário global.
“Nossa expectativa é que o Maranhão ocupe uma posição ainda mais destacada na pecuária nacional, a partir dessa nova realidade de mercado. Para isso, claro, estamos dispostos a apoiar os criadores locais com capacitação, orientação e articulações junto ao poder público que garantam que a nossa pecuária terá condições de competitividade”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão, Raimundo Coelho.
Coelho acredita que com a nova regulamentação, a pecuária brasileira, especialmente a maranhense, se prepara para um futuro de maior transparência, segurança e competitividade. “Embora a transição exija esforço e investimento, os benefícios prometem consolidar a posição do Brasil como líder mundial na produção e exportação de carne bovina de alta qualidade, e o Maranhão tem potencial para estar entre os estados que vão se destacar nesse mercado”, afirma.
Nova regulamentação visa garantir segurança alimentar e expandir mercados internacionais, mas exige adaptação dos produtores rurais.

O setor agropecuário brasileiro está prestes a passar por uma transformação significativa com a futura atualização da rastreabilidade individual dos bovinos e bubalinos. A medida, que até então era voluntária para a maioria dos produtores, será implementada como parte de um esforço nacional para garantir maior segurança alimentar, atender a exigências sanitárias internacionais e consolidar a posição do Brasil como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo.
A rastreabilidade bovina consiste no monitoramento detalhado de cada animal desde o seu nascimento até o abate. Esse processo inclui o registro de informações sobre a origem, manejo, saúde e movimentações do gado ao longo da cadeia produtiva. No Brasil, o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) já oferecia um modelo de rastreabilidade, mas sua adesão era majoritariamente voluntária, exceto para produtores que exportam para mercados que exigem esse controle.
Com a nova regulamentação, todos os pecuaristas terão que aderir ao sistema de rastreabilidade individual, o que representa um avanço importante na gestão e no controle sanitário dos rebanhos. A mudança também alinha o Brasil com padrões internacionais, como os da União Europeia, que exigem rastreabilidade rigorosa para produtos importados.
Benefícios – A implementação de um sistema de rastreabilidade traz diversos benefícios para o setor. Em primeiro lugar, garante maior segurança alimentar, uma vez que permite o acompanhamento completo do histórico do animal, facilitando o controle de surtos de doenças e o recall de produtos, se necessário.
Além disso, a rastreabilidade aumenta a confiabilidade do produto brasileiro no mercado internacional, abrindo portas para novos mercados e fortalecendo relações comerciais com países que já importam carne bovina do Brasil. “Essa mudança é um passo essencial para manter nossa competitividade global e garantir a qualidade dos nossos produtos”, afirma João Paulo Franco Silveira, Coordenador de Produção Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Desafios para os Produtores – Apesar dos benefícios, a implementação da rastreabilidade individual carrega alguns desafios, sobretudo aos pequenos criadores. O custo de aquisição de dispositivos de rastreamento, como brincos eletrônicos e microchips, além da necessidade de capacitação técnica, são obstáculos que muitos produtores rurais precisarão superar.
Para mitigar esses desafios, a CNA propôs um período de transição de até oito anos, durante o qual os produtores poderão se adaptar gradualmente às novas exigências. “Estamos numa fase de comunicação. É importante que o produtor saiba que isso vai acontecer e que ele vai ter que identificar os animais. Estamos falando de uma identificação simples, com informações básicas como ano de nascimento e as transições entre propriedades”, explica Silveira.
Futuro – A obrigatoriedade da rastreabilidade individual no Brasil está alinhada com um momento crucial para a pecuária nacional: a retirada da vacinação contra febre aftosa do calendário anual obrigatório. Com o país se preparando para ser declarado livre da doença sem vacinação, a rastreabilidade se torna ainda mais relevante, complementando as medidas sanitárias e fortalecendo a imagem do Brasil no cenário global.
“Nossa expectativa é que o Maranhão ocupe uma posição ainda mais destacada na pecuária nacional, a partir dessa nova realidade de mercado. Para isso, claro, estamos dispostos a apoiar os criadores locais com capacitação, orientação e articulações junto ao poder público que garantam que a nossa pecuária terá condições de competitividade”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão, Raimundo Coelho.
Coelho acredita que com a nova regulamentação, a pecuária brasileira, especialmente a maranhense, se prepara para um futuro de maior transparência, segurança e competitividade. “Embora a transição exija esforço e investimento, os benefícios prometem consolidar a posição do Brasil como líder mundial na produção e exportação de carne bovina de alta qualidade, e o Maranhão tem potencial para estar entre os estados que vão se destacar nesse mercado”, afirma.