NOTA

A Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão – FAEMA, em resposta ao texto publicado pela jornalista Miriam Leitão, em seu blog no Jornal O Globo, em 24 de Dezembro de 2013 sob o título Liberação da Terra Awá, vem a público esclarecer algumas inverdades do texto. A jornalista afirma que “há uma área próxima, em Bom Jardim, onde devem ser assentadas 60 famílias.” A informação é falsa. Esta área não existe.

A Federação esclarece que:   1.     Em nenhuma das reuniões de que participou sobre a operação de desinstrusão da Terra Indígena Awá-Guajá houve qualquer referência a existência da área;

2.      A superintendência do INCRA no Maranhão lançou edital para compra de terras onde deverão ser assentadas as famílias do litígio Awá-Guaja, porém não existe qualquer previsão de quando isto ocorrerá;

3.     A FAEMA foi consultada pelo próprio superintendente do INCRA no Maranhão, José Inácio, sobre a possibilidade de a instituição ajudar na mobilização junto a outros produtores rurais que, eventualmente, tenham interesse em disponibilizar terras para venda na região do litígio.

A Federação solicita que a jornalista Miriam Leitão, que tem fontes privilegiadas, informe a localização exata da “área onde devem ser assentadas 60 famílias”, para que o juiz seja comunicado e determine a remoção das pessoas desalojadas para o referido local.

Por fim, a Faema, destaca que a operação de desintrusão da terra indígena Awá-Guajá extrapola a esfera judicial. Embora decorra de uma decisão judicial e, portanto, seja legal, a Federação considera um ato imoral expulsar 1.220 famílias de pequenos agricultores pobres sem qualquer plano exeqüível de reassentamento ou qualquer assistência por parte do Estado.

São Luis – MA, 24 de Dezembro de 2013.

 José Hilton Coelho de Sousa

Presidente da FAEMA