Sistema Faema/Senar integra comitiva oficial do Sistema CNA/Senar/Federações em Belém (PA) e reforça o compromisso do produtor maranhense com a sustentabilidade e a inovação no campo.
Com uma agenda intensa na COP 30, em Belém, o Sistema CNA/Senar mostrou ao mundo o papel da agropecuária brasileira na agenda climática global. A inauguração do Pavilhão AgroBrasil, na AgriZone — espaço inédito nas conferências mundiais do clima — reuniu lideranças do agro e da ciência para apresentar soluções sustentáveis que unem produtividade, inovação e preservação ambiental. O Maranhão participou da programação com a presença do superintendente do Senar-MA, Luiz Figueiredo, que representou o Sistema Faema/Senar no evento.
Tecnologia e inovação para o produtor amazônico – Durante a abertura do Pavilhão, o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, lançou o aplicativo IAmazon, desenvolvido para produtores da região Norte. Carrara afirmou: “Os produtores terão acesso a informações customizadas da região de forma simples e rápida”, demonstrou. A ferramenta reúne orientações técnicas, suporte remoto e acesso direto aos cursos e conteúdos do Senar Play, reforçando o compromisso da instituição com a difusão de tecnologia e conhecimento.
O agro que preserva – Outro destaque da programação foi o lançamento do estudo da Embrapa Territorial sobre uso e ocupação do solo. O levantamento revela que os produtores rurais preservam 29% das matas nativas dentro das propriedades, consolidando o agro como parceiro da conservação ambiental. Para o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço, “Os produtores brasileiros já praticam mitigação. Recuperam pastagens, manejam o solo com plantio direto e preservam a vegetação nativa. Precisamos mostrar ao mundo essas experiências e acessar financiamentos climáticos que permitam ampliar essas práticas”, defendeu.
A experiência maranhense na COP 30 – O superintendente do Senar-MA, Luiz Figueiredo, destacou a importância da presença do Maranhão na COP: “Viemos participar para discutir políticas públicas de sustentabilidade e mostrar que no Maranhão a produção rural é sustentável, respeita o Código Florestal e obedece a todas as normas ambientais. Esse é o caminho para continuar fortalecendo o agronegócio maranhense”, destacou.
Vivências amazônicas e valorização da cultura local – A programação incluiu visitas técnicas aos empreendimentos Açaí Kaa e Filha do Combu, símbolos da produção sustentável amazônica. O mentor do grupo Kaa, Reinaldo Santos, recebeu a comitiva com entusiasmo: “É uma grande satisfação apresentar o nosso projeto e falar sobre tecnologias disruptivas que vão mudar a vida de agricultores e famílias em todo o Brasil”, disse.
Já a empreendedora rural Izete dos Santos Costa (Dona Nena) relatou como o apoio do Senar transformou o trabalho comunitário na Ilha do Combu: “A capacitação trouxe oportunidades para mais de 50 famílias da comunidade, com trabalho formal e geração de renda sem precisar sair da ilha”, destacou.
Daniel Carrara resumiu o sentimento da comitiva: “É hora de escutar quem produz, preserva e alimenta o planeta. A agropecuária brasileira é parte essencial da solução climática”, declarou. O evento segue até 21 de novembro, com painéis temáticos, mostras tecnológicas e a presença de lideranças do agro de todo o país.