Artesãos de Paulino Neves avançam na produção de artesanatos depois da capacitação do Senar

Mulheres exibem produtos de artesanato em encontro com o Senar

Em visita recente ao município de Paulino Neves (Povoado São Domingos), a equipe do Senar composta pelo superintendente Luiz Figueiredo, pela coordenadora de Formação Profissional Rural (PS) Yolanda Gomes, pela assessora de comunicação Leocândida Rocha e pela instrutora  da entidade Antônia Rodrigues, pôde apreciar as belas peças artesanais produzidas por um grupo de pessoas moradoras na zona rural do município.

Os participantes, dentre eles, 12 mulheres e mais 2 homens que dão apoio na retirada do charco dos materiais básicos – participaram ativamente na produção dos artesanatos. Todos foram capacitados pelo Senar por meio dos cursos de Artesanato de Fibra de Buriti (2016), Artesanato de Fibras Naturais (2017) e Mulheres em Campo (2021).

Os treinandos integram a Associação de Pequenos Produtores Rurais de São Domingos, cuja ideia principal é reforçar a produtividade no artesanato das comunidades da região. O interesse está centrado no fortalecimento da entidade para seguir em frente, levando conhecimento e produção como forma de melhorar a qualidade de vida de todos.

A matéria-prima para a produção do artesanato feito pelo grupo, vem do capim de nome taboa, (espécie vegetal também conhecida como capim-de-esteira, pau-de-lagoa, entre outros nomes). É uma planta aquática típica de brejos, manguezais, várzeas e outros espelhos d’água.

Outros materiais bastante usados no processo são a bucha e a fibra da palha do buriti, onde, segundo os artesãos, são excelentes elementos para o artesanato. De tão delicada e maleável, essa fibra é também conhecida como seda de buriti. Ela é extraída das folhas novas, ainda fechadas.

Paulino Neves

Das mãos hábeis artesãos surgem bolsas, arranjos decorativos, chapéus, toalhas de mesa, carteiras, bancos, sofás, porta-moedas, bijuterias, dentre outras.

Maria de Jesus Rodrigues Pereira, uma das líderes da comunidade e do movimento em favor do artesanato, diz que as peças são vendidas na sede de Paulino Neves, São Luís e até em São Paulo, para onde foram levados alguns itens, por visitantes da localidade.

O gestor do Senar, Luiz Figueiredo, em conversa com os artesãos.

Ela conta que depois dos cursos do Senar, a Associação adquiriu a sua marca própria (logotipo) e apoio de instituições religiosas, para a aquisição da máquina de costura e de outros materiais necessários para compor os produtos finais. Maria revela que com a ajuda, houve um aumento significativo na produção e também na procura. O próximo passo, segundo ela, é construir uma Oficina para servir de sede da Associação, e ainda, guardar o  material e  expor as obras.

“Eu me sinto satisfeita com a atenção que o Senar tem nos dado. A instituição que nos representa, existe a alguns anos, mas somente depois dos cursos que vieram para nós, que as coisas começaram a andar. E eu recebo o gestor do Senar e sua comitiva com muita felicidade”, ressaltou Maria Rodrigues.

Para Yolanda Gomes, o trabalho realizado na Associação foi de grande importância. Para ela, as mulheres envolvidas no processo, começaram com um treinamento de artesanato de Fibra de Buriti e já faziam algumas peças. Mas foi a partir do treinamento, que aprenderam a fazer acabamento com maior qualidade, a criar outras peças com orientação das instrutoras,  e por último, participaram do programa Mulheres em Campo, que ensina a mulher a ser empreendedora.

Artesãos reunidos na comunidade São Domingos, em Paulino Neves.

“Ficamos felizes em ver os resultados, e saber que estão satisfeitas, que já estão vendendo seus produtos e  estão ganhando dinheiro”, frisou ela.

O superintendente Luiz Figueiredo, destacou que “todo o nosso esforço em estar aqui, prestigiando nossos treinandos e diante dos belos produtos confeccionados por eles, só temos a elogiar o trabalho realizado e continuar disponibilizando a nossa estrutura operacional para cada vez mais apoiar a comunidade”.