Visita técnica a Charcutaria reúne representantes do Senar de mais de 20 estados no lançamento da ATeG Agroindústria

 Representantes de 23 Administrações Regionais do Senar participaram na quarta (4) de uma visita técnica à Charcutaria da Serra, no município de Jaboticatubas, em Minas Gerais. A atividade encerrou a programação de lançamento da Assistência Técnica e Gerencial para Agroindústrias Artesanais.

Na visita, eles conheceram detalhes da atuação na produção de embutidos e defumados da primeira agroindústria do estado a receber a ATeG Agroindústria.

Para Luiz Henrique Medeiros Paiva, superintendente do Senar Rio Grande do Norte, o evento de lançamento reforça a necessidade que já existia, uma demanda significativa dos produtores junto à entidade. De acordo com ele, a visita veio comprovar o que já imaginavam: o pequeno produtor quer a formalização e legalização, além de assistência e capacitação, de forma que ele consiga vender seu produto e agregar ainda mais valor.

“E essa é uma das missões do Senar. A impressão que ficou desse encontro é a melhor possível. No meu estado também temos a dificuldade da legalização, seja entraves legais ou burocráticos. Depois desse projeto do Senar, acredito que daremos um passo grande rumo à melhor forma de comercialização possível, no âmbito legal, incluindo outras cadeias como mel e castanha. Uma experiência que, com certeza será muito positiva para os produtores de lá também”.

Rafael Moreira Rocha, analista técnico da FPR e coordenador do ATeG Agroindústria no Senar Minas contou que ficou bastante satisfeito com o engajamento, por todo o território nacional, em prol da expansão desse programa.

“De forma pontual, em Minas, são muitas as agroindústrias com bons produtos absorvidos pelo mercado, mas com dificuldades de formalização e gestão. Então, o programa vem para agregar na profissionalização dessas atividades, fixando ainda mais o homem no campo ao trazer como resultado a sustentabilidade, em vários eixos”.

Inicialmente o programa irá atender 12 produtores de embutidos e defumados (Itabira e Serra do Cipó) e 12 produtores de queijo (Serro), mas a expectativa é expandir para outras cadeias como mel, doces, quitandas e pescados, oferecendo acompanhamento e gestão do negócio. Os produtores atendidos já viveram a experiência da formação profissional rural, “o que trazemos de novidade é a gestão e visão mais direcionada para os pilares do ATeG: gerencial, técnico, ambiental, familiar e profissional”, completa Rafael.

“Há praticamente um ano lançamos esse programa de alimentos artesanais tradicionais pela CNA. Fizemos o caderno do produtor, e uma metodologia específica para a agroindústria, com indicadores específicos. A necessidade é tão grande que tivemos a adesão de 22 estados e a expectativa é que os dois pilotos de Minas sejam referência para o Brasil. Estamos bem no início do teste em campo, mas entendo que a qualidade do material que foi produzido, alcance um grande número de agroindústrias, impactando positivamente na rotina do produtor, como na economia do país”, disse Andrea Barbosa Alves, diretora de Assistência Técnica Gerencial do Senar.

“Esse programa veio em boa hora e fico feliz de poder compartilhar um pouco da nossa história. Com todos os problemas que enfrentamos pelo caminho, a nível técnico e operacional, resolvemos seguir em frente e queremos crescer em qualidade, produção e gestão e ter maior sustentabilidade em algo que realmente acreditamos. O Senar está nos moldando profissionalmente e era tudo que faltava, para nós”, disse o proprietário da Charcutaria da Serra, Gesner Belisario Júnior, conhecido como Gigi, ansioso por essa nova experiência.