A Fazenda Portal dos Lençóis, em Tutoia sediou evento que teve parceria dos sindicatos rurais da região e Embrapa Meio Norte e Cocais. Uma das culturas mais tradicionais no campo maranhense, a mandioca é um dos destaques da agricultura praticada na região dos Lençóis Maranhenses.
Barreirinhas, a 254 km da capital, concentra a maior produção do estado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e Tutoia, na fronteira entre o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e o Delta do Parnaíba, consolidou-se como referência estadual no uso de tecnologias de irrigação e fertirrigação que foram o tema do Dia de Campo da Mandioca, realizado nesta sexta-feira, 20 de outubro, na Fazenda Portal dos Lençóis.
A iniciativa foi da Federação da Agricultura do Estado do Maranhão (FAEMA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MA), com o apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Tutóia e das unidades Meio Norte e Cocais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
“O objetivo do Dia do Campo é compartilhar experiências, técnicas e tecnologias acessíveis a qualquer produtor rural que queira aumentar a produtividade de sua área, com baixo investimento. É mais uma iniciativa que o SENAR e seus parceiros proporcionam de forma gratuita para os produtores rurais atendidos em seus cursos e programas, ou associados aos sindicatos rurais da região”, explica o gerente de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG),do SENAR-MA, Epitácio Rocha.
Produção Segundo dados do IBGE, o Maranhão produziu, somente no ano passado, cerca de 422 mil toneladas de mandioca, que renderam cerca de R$ 216.095.000,00 a mais de 80 mil produtores rurais que se dedicam ao cultivo da raiz que é popular na mesa do maranhense, seja no dia a dia de casa ou nas festas e happy hours, onde está presente nos petiscos, sobremesas e até na cerveja.
Dono da Fazenda Portal dos Lençóis, que sediou o Dia de Campo, o produtor rural Hermes Ramos, conta que produz 100 toneladas por hectare de mandioca por ano, nos 120 hectares de sua propriedade, utilizando a tecnologia de fertirrigação, a seleção das manivas, o replantio entre outros.
“Sempre digo que os produtores rurais devem buscar apoio de técnicos de campo e seguir as suas orientações, se quiserem ter suas lavouras produtivas e lucrativas e nunca deixar de aprender coisas novas sobre sua atividades”, conta Hermes Ramos, compartilhando com todos os presentes, durante apresentação dos seus resultados na cerimônia de abertura do evento.
A técnica do SENAR, Valdete Araújo, que também participou da programação técnica do evento, complementou o que disse Hermes Ramos.
“O seu Hermes recebeu bem as orientações sobre as técnicas repassaras durante todas as visitas. Isso ajudou bastante para a melhoria do seu plantio e o fortalecimento da sua produção”, disse ela.
PARCERIAS
De acordo com o presidente da FAEMA, Raimundo Coelho, iniciativas como essa, além de fortalecerem o setor produtivo também potencializam os resultados e impacto positivo de instituições que tem como missão apoiar o setor agropecuário do estado.
“As parcerias são fundamentais e contribuem para que instituições como as que se uniram para realizar esse evento possam se tornar ainda mais relevantes para o público para o qual foram criadas e existem. Aqui estamos juntos com o sistema FAEMA/SENAR, a EMBRAPA e os sindicatos rurais.
Essa tríade tem objetivos e missões comuns e se unem para tornar o produtor rural maranhense mais forte”, avalia Coelho.
Participaram da ação, o gerente técnico do Senar e diretor da Faema, Carlos Antônio Feitosa de Sá, o presidente do Sindicato Rural de Mata Roma, Onésimo Garreto, a presidente do Sindicato Rural de Vargem Grande e Keyssyane Soeiro. Todos foram recebidos pelo gestor sindical de Tutoia, Antônio José Araújo Almeida.
Também estiveram presentes representantes da EMBRAPA, de secretários municipais, vereadores, produtores rurais e convidados.
“Até o final do ano temos programados ainda alguns eventos gratuitos realizados ou apoiados pelo SENAR e FAEMA em diversos municípios do Maranhão, que estamos sempre divulgando por meio dos sindicatos rurais, e nas nossas redes sociais”, orienta o presidente da FAEMA, Raimundo Coelho.