Técnicos de Campo do Senar são capacitados sobre a cultura da mandioca

O treinamento foi realizado no Tabuleiro de São Bernardo e reuniu profissionais que atuam na cadeia da mandiocultura

Técnico de campo analisa folha de mandioca.

De grande importância para o estado, já que é responsável pela geração de emprego e renda para pequenos produtores rurais, a mandioca é plantada em todo o estado e as raízes são processadas principalmente para a fabricação de farinha de mesa.

Além disso, o tubérculo tem sido comercializado para a produção de cerveja Magnífica, haja vista a utilização pela fábrica maranhense Ambev nos últimos seis anos. Barreirinhas é o município que mais produz mandioca, seguido por Humberto de Campos, Rosário e Icatu.

De acordo com especialistas, o estado já esteve em primeiro lugar na produção. Hoje encontra-se em quarto, ficando atrás apenas do Pará, Paraná (fécula) e Minas Gerais (amido azedo).

Mesmo estando em quarto lugar na produtividade do tubérculo no Brasil, ainda assim, o Maranhão apresenta menor rendimento por área, o que significa 8 toneladas de raízes por hectare.

Treinamento

Em vista disso, o Senar por meio da Coordenação da Regional  Leste, realizou no Tabuleiro de São Bernardo (Magalhães de Almeida), treinamento sobre a mandiocultura reunindo 23 técnicos de campo que atuam na cadeia produtiva. O Workshop teve como objetivo, repassar principais informações técnicas sobre a atividade agrícola.

Engenheiro agrônomo e técnico de campo, Jorge Pontes, treina técnicos em campo.

A iniciativa é uma forma de investir na aplicação de tecnologias e maior conhecimento, por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), tanto nos municípios de maior produção, quanto nos lugares onde o cultivo ainda é incipiente dado a falta de trato correto para o fortalecimento do cultivo.

Na ocasião, foram abordadas técnicas de cultivo de manejo para altas produtividades o que pode influenciar na produção de 20 toneladas de raízes por hectare, em regime de sequeiro e 50 toneladas de raízes por hectare em cultivo irrigado.

Atualmente, são 250 famílias que recebem atendimento na cadeia de mandiocultura, por meio dos projetos Agronordeste II, Agro Maranhão e Retorno Certo Fase II, nos municípios de Humberto de Campos, Alcântara, Pinheiro, Icatu, Magalhães de Almeida, Vargem Grande, Urbano Santos, Buriti e Santa Quitéria.

O treinamento foi ministrado pelo técnico de campo e engenheiro agrônomo Jorge Pontes, sob a coordenação de Rodrigo Castro, com a supervisora de campo, Anágila Janenis e com a supervisora da regional Litoral Ocidental, Elizabeth Costa.

Análise da plantação da mandioca no campo.

Os temas mais importantes foram: a escolha de variedades com qualidade genética e fitossanitária, mudas da Rede Reniva, calagem e os tipos de adubação para a mandioca, métodos e tipos de controle das ervas daninhas, espaçamento e consórcio com outras culturas, preparo da área, custos de produção, variedades mais produtivas para cada região.

Houve ainda aula prática no campo. Momento em que foram mostradas variedades que apresentam alta produtividade de raízes, utilizadas da Rede Reniva, que é a produção de mudas de mandioca com qualidade genética e fitossanitária com maior produção para o produtor e livre de doenças virais.

O projeto tem apoio e gestão do Senar e encontra-se no perímetro irrigado dos Tabuleiros de São Bernardo, sendo o único em funcionamento no Estado. A Rede Reniva é uma estratégia organizacional para a produção em escala comercial de materiais de plantio de mandioca.

O objetivo é difundir a transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária.  O projeto é acompanhado por pesquisadores da Embrapa Mandioca e Embrapa Fruticultura de Cruz das Almas (BA) e da Embrapa Cocais (MA).

“Esse treinamento surgiu da necessidade de um nivelamento de equipe. O técnico de campo Jorge Pontes, possui um vasto conhecimento sobre a cultura da mandioca e se dispôs a ajudar os colegas técnicos de campo, que atuam na cadeia. Foi um treinamento importante, quem ganha no final são os produtores assistidos pela ATeG”, destacou o zootecnista e coordenador regional, Rodrigo Castro.