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Sindicatos Rurais criam comissões municipais de mulheres do agro

Comissões municipais serão responsáveis por escolher as representantes do estado na comissão nacional que discute políticas e ações para fortalecer a presença feminina no agro

Em Vitorino Freire, o presidente da FAEMA, Raimundo Coelho participou da reunião que escolheu as representantes das mulheres que lideram ou estão envolvidas na gestão das propriedades rurais

De acordo com o Observatório das Mulheres Rurais do Brasil, levantamento feito pela Embrapa, no Maranhão, as mulheres dirigem 44.854 propriedades rurais, enquanto os homens são responsáveis pela gestão de 174.696 propriedades rurais. Além disso, mais de 4,3 milhões de mulheres trabalham nos campos maranhenses.

Tanta força no campo merece um lugar de destaque nas ações e políticas pensadas para fomentar o desenvolvimento do agro, e basearam a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a criar a Comissão Mulheres do Agro, completando o seu portfólio das ações setoriais, atuando de forma transversal e conectando suas

ações a temas específicos que são trabalhados em outras comissões já estabelecidas pela casa.

A Comissão Nacional das Mulheres do Agro é estruturada por representantes das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados e tem como objetivo ampliar a participação das mulheres no Sistema Sindical e desenvolver sua capacidade de liderança no setor agropecuário.

O dispositivo setorial tem como eixos de atuação: aumentar a participação das mulheres junto ao sistema sindical; programa de fortalecimento das lideranças, que consiste em conhecer e atuar junto ao sistema CNA e o setor agropecuário no desenvolvimento de lideranças locais; e representação dos produtores rurais em reuniões, fóruns e afins; em ações estratégicas com os poderes executivo e legislativo.

“Estamos estimulando que cada um dos mais de 60 sindicatos rurais criem suas próprias comissões municipais e escolham suas dirigentes que vão representanta-las na comissão estadual, e possam dar voz às demandas e necessidades específicas das mulheres que trabalham para tonrar o nosso agro mais produtivo e sustentável”, explicou o presidente do sistema FAEMA/SENAR/Sindicatos Rurais, Raimundo Coelho.

A federação está mobilizando todos os sindicatos para essa escolha e espera que até o final de abril tenha todas as comissões formadas e atuando em todo o estado.

As três dirigentes escolhidas em cada uma das comissões das mulheres do agro municipais comporão a Comissão Estadual das Mulheres do Agro, e, posteriormente, escolherão as três representantes do estado que serão

Em Imperatriz, a comissão feminina estará a frente de algumas ações especiais da Expoimp, a maior feira agropecuária de região, que acontece na primeira quinzena de julho.

indicadas pelo presidente da FAEMA para a Comissão Nacional das Mulheres do Agro.

“Cada comissão municipal elegerá suas dirigentes para representá-las na comissão estadual, que terão voz e voto na escolha das três dirigentes estaduais, que vamos indicar como nossas representantes na Comissão Nacional das Mulheres do Agro, gerida pela CNA”, explica Raimundo Coelho.

Os primeiros sindicatos a organizarem suas comissões femininas foram os de Vitorino Freire, Peritoró e Imperatriz. “Conduzimos nosso processo buscando a participação de mulheres que já ocupam espaços de liderança e representação no agro, como o grupo As Fazendeiras”, explicou o presidente do Sinrural Glen Maia, de Imperatriz.

“Estamos agora no processo de definir prioridades de atuação e esperamos contribuir para que as mulheres ocupem mais espaço também na política sindical”, destacou a produtora rural Érika Lira, vice-presidente da comissão de mulheres do Sinrural / Imperatriz e presidente do grupo As Fazendeiras, do município da região tocantina.

As comissões de mulheres do agro nos sindicatos devem ser formadas por mulheres sindicalizadas ou com relação de parentesco em primeiro grau com associados (esposas, filhas ou mães de filiados). Cada comissão é liderada por uma presidente e duas vice-presidentes.