O contrato gerencial assinado por ambas as partes, prevê capacitação e assistência técnica em propriedades rurais que trabalham com diversas cadeias produtivas
Governador Flávio Dino após assinatura de convênio com dirigentes do Senar nacional e regional, instrutor e secretário da Sagrima.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, (Senar) e Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Agricultura Pecuária e Pesca. (Sagrima), acabam de assinar contrato de prestação de serviços especializados na capacitação e assistência técnica gerencial para atender inicialmente 1.550 propriedades rurais, das cinco cadeias produtivas, sendo elas: arroz, horticultura, carne e couro, leite e aquicultura.
O convênio terá validade de um ano e atenderá produtores maranhenses dentro do programa “Mais Produção” do Sistema Estadual de Produção e Abastecimento, (Sepab), cujo investimento é de cerca de quatro milhões de reais. A sua aplicabilidade ocorrerá por meio da metodologia aplicada recentemente pelo Senar através do programa Mapito, (Maranhão, Piauí e Tocantins), quando foram atendidos mais de mil produtores rurais na região do médio sertão maranhense.
Em meio ao evento de entrega de kits para a modernização das centrais da Agricultura Familiar, o governador Flávio Dino, na presença de prefeitos de diversos municípios maranhenses e de autoridades estaduais e federais, bem como, de representantes de entidades do setor produtivo do estado, conduziu o evento de assinatura do documento pelo diretor Nacional de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, (ATeG), Matheus Ferreira e pelo Secretário da Sagrima, Márcio Honaiser.
O governador Flávio Dino em seu discurso citou o investimento feito na cadeia produtiva agregando conhecimento e produtividade utilizando as cinco cadeias produtivas para que o estado se torne sustentável. “Não é possível desenvolver um estado em que importamos produtos básicos de outro estado”, disse, ao tempo que assegurou ser o setor primário a base de um novo momento de desenvolvimento do setor econômico do Maranhão.
Programa
Já em um segundo momento, a equipe do Senar liderada pelo presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão, (Faema), Raimundo Coelho e pelo superintendente do Senar, Luiz Figueiredo, se reuniu na sede da Sagrima para discutirem detalhes acerca da aplicação do programa que utilizará técnicas de consulta estruturada em processo de coletas individualizadas e coletivas e sensibilizações, orientação empreendedora, palestras, seminários, oficinas e capacitações. Participaram, além dos dirigentes do sistema Faema/Senar e Sagrima, o gerente de ATeG do Senar-MA, Epitácio Rocha e a técnica Aline Saldanha. Também estavam presentes assessores técnicos da Secretaria que atuarão na condução do projeto.
Matheus Ferreira do Senar Brasil, disse que a instituição está muito satisfeita e honrada em poder contribuir com o programa “Mais Produção” do governo maranhense. “Nós temos uma metodologia de capacitação de produtor rural e o atendimento é direto às suas necessidades. Então, pretendemos com esse convênio que está sendo firmado agora, poder levar ao produtor, conhecimento das técnicas de produção e sobretudo, das informações gerenciais para que ele possa analisar os impactos positivos de suas implementações”, disse, categórico.
Raimundo Coelho reforçando o que revelou o governador, disse que o estado tem interesse de investir em conhecimento e produção. Por isso, a assinatura do convênio que beneficiará produtores ávidos pelo incremento de seus negócios. “É importante que o produtor tome ciência também do aspecto gerencial do seu negócio. Ficar atento não somente da porteira para dentro, mas também para fora de sua propriedade”, destacou ele.
Luiz Figueiredo disse que, sempre acreditou na importância da aplicabilidade do conhecimento por esta instituição. “Para mim, só tem significado o trabalho do Senar se no final, houver lucro. E a metodologia da ATeG veio revolucionar o nosso trabalho. E o trabalho que agora começaremos em parceria com o governo do Estado tem essa perspectiva, mudar a mente dos produtores rurais e fazer essa mudança de atitude”, disse ele.
O titular da Sagrima ressaltou a metodologia utilizada pelo Senar, onde segundo ele, tem chamado a atenção do governo pela sua aplicabilidade. “Não queremos somente assistência técnica, é necessário também que o produtor veja a necessidade de se tornar um pequeno empreendedor. O objetivo da aplicação dessas cadeias produtivas, é exatamente fazer a estruturação da produção, processamento, e comercialização para que o produtor seja autossuficiente”, falou entusiasmado.