Em discurso na abertura do 21º PecNordeste João Martins disse que a região precisa de políticas de Estado para enfrentar as adversidades climáticas
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que o Nordeste pode ser “viável, competitivo e, acima de tudo, sustentável” se forem adotadas iniciativas capazes de trazer soluções para o desenvolvimento econômico e social da região.
Em discurso na cerimônia de abertura do 21º Seminário Nordestino de Pecuária (PecNordeste) nesta quinta (6), em Fortaleza, com a presença do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya, e demais autoridades, Martins falou da necessidade de o país ter uma “política de Estado” para atender à região que enfrenta uma das piores secas dos últimos cem anos.
“Por que motivo o Nordeste não tem uma política de Estado capaz de prepará-lo para conviver com essa dramática situação?”, questionou o presidente da CNA no início de seu discurso.
Ao falar dos incalculáveis prejuízos sociais e econômicos à região trazidos pela estiagem, Martins disse ser possível “minimizar os efeitos deste fenômeno elaborando políticas públicas que conduzam a práticas de programas e de procedimentos já validados para a convivência com a seca”.
Forrageiras – Nessa busca de soluções, o Sistema CNA, em parceria com a Embrapa, deu um “importante passo” ao implantar em dez Estados o projeto “Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável”, que contemplará toda a região Nordeste e o norte de Minas Gerais.
A assinatura do acordo deste projeto foi feita também nesta quinta (6), na abertura da PecNordeste. “Nosso objetivo é conjugar esforços para pesquisar forrageiras tropicais, leguminosas e palma resistentes à seca”, afirmou o presidente da CNA em seu discurso.
Ao enfrentar o desafio, a CNA, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Instituto CNA vão, de acordo com Martins, “contribuir efetivamente para que os produtores rurais da região do semiárido tenham alternativas não apenas para conviver com a seca, mas para que esta convivência seja produtiva e sustentável”.
Ao finalizar o discurso, o presidente da CNA disse que será “dessa forma, com iniciativas capazes de trazer ao Nordeste brasileiro soluções viáveis, baseadas no seu próprio potencial, que acharemos um caminho real, factível e competente para o desenvolvimento econômico e social da nossa região”.
E concluiu: “É hora de unirmos forças nessa direção”.