Nova política nacional integra lavoura, pecuária e floresta

O Brasil já tem sua Política Nacional de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, que começará a vigorar em seis meses. Projeto que institui a nova política foi sancionado esta semana pela presidente Dilma Rousseff, para incentivar não só a produtividade rural, como também a educação ambiental e a preservação do meio ambiente.

Trata-se de uma tecnologia nova e consensual que começou a ser discutida seis anos atrás, a partir de uma proposta tímida que não expressava as reais relevância e amplitude do tema. O debate no Congresso proporcionou o amadurecimento do assunto e permitiu ir muito além da ideia inicial de estender incentivos especiais, previstos na política agrícola, a produtores que adotassem técnicas de integração entre lavoura e pecuária.

Um dos objetivos da integração é incentivar a produtividade e a rentabilidade de atividades agropecuárias em áreas já desmatadas, substituindo as monoculturas tradicionais por sistemas que agreguem cultivos agrícolas à criação de animais e exploração de espécies florestais. Entre os incentivos previstos ao produtor que adotar a técnica da integrar culturas estão a prioridade na obtenção de empréstimos e benefícios associados a programas de infraestrutura rural.

Esta política também visa a garantir apoio à recuperação de pastagens degradadas e a estimular a pesquisa de atividades que promovam essa integração. Tudo isto sem esquecer a educação ambiental nos diversos níveis escolares e também para agentes do agronegócio.

Em resumo, a nova política compõe alternativas de manejo sustentável da terra, mostrando que existem opções das quais o campo já está fazendo uso. Mais: deixa claro que o agricultor faz a parte dele, procurando desenvolver práticas sustentáveis.

Foi precisamente  o reforço do sucesso da tecnologia aplicada que fez com que a proposta agregasse mais e mais adeptos ao longo do tempo, até que se chegou ao consenso para sua aprovação. Hoje, o conceito ambiental saiu do discurso e passou a integrar o dia a dia da atividade rural.

Agricultura de Baixo Carbono
A utilização dos sistemas integrados faz parte do Programa de Agricultura de Baixo Carbono.

A implantação de projetos de agricultura de baixo carbono nas propriedades rurais ajudará o País a cumprir os compromissos assumidos na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), de redução significativas das emissões de gases de efeito estufa geradas pela agropecuária.