Modelo de assistência técnica e gerencial do Programa Mais Produção deve ser levada para outros países

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Governador Flávio Dino e Secretário da Sagrima com gestores e técnicos do Senar.

O modelo de assistência técnica e gerencial (ATeG) aplicado no Programa Mais Produção, por meio do convênio entre a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), está se tornando referência internacional e deve ser levado a outros países.

Staff do Governo maranhense com gestores do Senar, durante assinatura do convênio.

Na última terça, 26, foi assinado, em Brasília, um protocolo de intenções entre a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) para troca de conhecimentos e experiências com países da África e América Latina, com destaque para a ATeG. Por meio da prestação de serviços, o acordo visa beneficiar, principalmente, pequenos agricultores.

“O acompanhamento técnico tem me ajudado muito, porque meu conhecimento era bem pequeno. Hoje estou aprendendo, as coisas estão mudando. Minha área é pequena e eu precisei fazer umas mudanças, hoje a gente já tem a gestão da atividade mais organizada, já consegue planejar as áreas de pastagem, o piquete rotacionado e facilitar o manejo. Só tenho a agradecer”, comemora Luiz Tirara Rocha, produtor de leite de Imperatriz, assistido pelo programa.

A ATeG é hoje aplicada em 1550 propriedades assistidas em várias regiões do Maranhão, nas cadeias produtivas do leite e derivados, hortifruticultura, carne e couro, aquicultura e arroz.

De acordo com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Maranhão (FAEMA), Raimundo Coelho, a parceria com o Governo do Estado é benéfica para todos. “A metodologia de ATeG já vinha sendo utilizada nos outros estados do MAPITO – Piauí e Tocantins – e o governador Flávio aprovou a sua aplicação também no Maranhão, pelo convênio com a Sagrima e assim conseguimos chegar a regiões que precisavam avançar em termos de conhecimento e evoluírem em suas práticas”.

A Metodologia de Assistência Técnica e Gerencial aplicada contempla cinco etapas, iniciando com o diagnóstico produtivo individualizado, passando pelo planejamento estratégico da propriedade, adequação tecnológica (para melhorar a eficiência produtiva e a rentabilidade da atividade), capacitação para o empreendedorismo e a gestão do negócio e, por fim, a avaliação sistemática de resultados.

De acordo com o secretário da Sagrima, Márcio Honaiser, o diferencial desse trabalho é o acompanhamento individualizado de produtores e propriedades, por meio de software desenvolvido para esse fim. “Trata-se de uma metodologia que contempla todos os aspectos da propriedade, dando ao produtor a visão do investimento que está fazendo, do retorno que recebe e de como melhorar o manejo e a produtividade. Esse acompanhamento de perto já está dando bons resultados, gerando mais riquezas e oportunidades para os produtores, e a médio e longo prazo tende a ser ainda melhor,”, disse.

Mais Produção

O “Mais Produção” é voltado para o fortalecimento das cadeias produtivas do Maranhão e para geração de emprego e renda. Em cada uma das 11 cadeias produtivas prioritárias definidas pelo programa serão realizadas ações focadas no abastecimento e na busca pela autossuficiência, com investimentos de aproximadamente R$ 2 bilhões. As cadeias são de feijão, arroz, mandioca, carne e couro, ovinocaprinocultura, leite, avicultura (caipira e industrial), piscicultura, hortifruticultura, mel e, mais recentemente, suinocultura.

Os produtores têm acesso a capacitação técnica e de gestão, aquisição de equipamentos, recuperação de estradas vicinais para escoamento da produção e diversas medidas aplicadas especificamente a cada cadeia, contemplando as etapas de produção. As iniciativas beneficiam o processamento, a agroindustrialização e a distribuição e comercialização dos produtos, buscando diminuir as importações de alimentos pelo estado e torná-lo mais competitivo nos mercados nacional e internacional.