O Maranhão deve ser reconhecido em junho deste ano como zona livre de febre aftosa com vacinação. O novo cronograma, que também inclui os estados Piauí, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Pará, foi apresentado nesta terça-feira (26), em Brasília, por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em reunião com secretários de Agricultura, presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema) e da Paraíba (Faepa); diretores de Agências Agropecuárias e superintendentes federais de Agricultura desses estados.
A reunião, realizada na sede do Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet, que discutiu os trâmites finais do processo de reconhecimento da região como zona livre da aftosa com vacinação, foi articulada pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo. O evento contou também com a presença do presidente da Faema, José Hilton Coelho de Sousa.
O Maranhão já comemora oito anos sem registro de foco da doença. “Nós temos sete milhões de cabeças e estamos no segundo lugar no Nordeste, atrás da Bahia. Todas as medidas estão sendo providenciadas de acordo com as exigências da OIE”, disse José Hilton Coelho.
O desempenho do Maranhão nas auditorias realizadas pelo ministério foi destacado por representantes do Mapa. “O Maranhão foi o único estado a concluir ainda em 2012 a sorologia”, elogiou o Coordenador Nacional de Combate a Febre Aftosa, Plinio Leite.
O Diretor Nacional de Defesa Animal do Mapa, Guilherme Marques, apresentou aos representantes dos estados a atual situação do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. Ele disse que desde 2011, quando foi firmado pacto com os estados para elevação da classificação sanitária, o ministério investiu mais de R$ 35 milhões em convênios e repasses diretos para reestruturação das agências agropecuárias e viabilização de providências necessárias à efetivação da zona livre.
“Todas as exigências repassadas aos estados foram baseadas em critérios de certificação internacional estabelecidos pela OIE [Organização Internacional de Epizootias], pois todo esse trabalho sempre teve como meta final o reconhecimento internacional da região, previsto para 2014.”, explicou Guilherme Marques.
Cronograma – Devido aos problemas causados principalmente pela estiagem, alguns estados tiveram dificuldade em concluir o inquérito sorológico, motivo pelo qual o ministério teve que readaptar o cronograma para a zona livre.
O reconhecimento nacional previsto para março deve ser efetivado apenas em junho, depois que os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, concluírem suas sorologias. “Mais de 75 mil cabeças de animais participaram da amostragem da sorologia. Os estados que mais contribuíram com a coleta de amostras foram o Maranhão, Pará e Ceará”, informou Plinio.
A próxima reunião do bloco nordestino com gestores do Mapa para discutir a conclusão do processo, deve acontecer até o fim do mês de abril.
Fontes: Faema/Sagrima