Fruticultura receberá investimentos públicos e privados nos próximos 10 anos no Maranhão

O Plano de Desenvolvimento da Fruticultura do Estado do Maranhão foi lançado pelo governador Carlos Brandão com a presença de representantes das instituições que contribuíram com a elaboração do documento; entre elas o Sistema FAEMA/SENAR/Sindicatos Rurais

Há alguns anos, a pedagoga Ana Rosa Rocha, moradora de Tutoia, foi demitida do emprego em uma escola municipal. O momento difícil logo se transformou no gatilho que despertou o empreendedorismo na educadora, que decidiu mudar de carreira: comprou um terreno na zona rural e se tornou produtora rural, juntamente com o marido. “Não sabia cultivar nada, mas fui aprender, me capacitar. Hoje consigo colher melancia de mais de 60 kg”, relatou a fruticultora, que representou os produtores rurais maranhenses na solenidade de lançamento do Plano de Desenvolvimento da Fruticultura do Estado do Maranhão (PDFMA), que aconteceu no auditório do Palácio Henrique de La Roque, em São Luís, com a presença do governador Carlos Brandão, secretários de estado, dirigentes de agências governamentais, associações e sindicatos rurais, universidades, Embrapa, entre outros. O sistema FAEMA/SENAR/Sindicatos foi representado pelo presidente da Federação, Raimundo Coelho.

O plano é um documento que apresenta o panorama da produção de frutas no Maranhão, destacando os principais frutos cultivados e as potencialidades territoriais, climáticas e hidrográficas para o pleno desenvolvimento desse setor no estado. Concebido com princípios da produção sustentável, inovação e inclusão social, com o objetivo de aumentar a produção de frutas no estado, trazendo metas que abrangem todos os produtores frutícolas, desde agricultores familiares, mulheres, jovens, comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas, até os grandes empreendedores; o PDFMA apresenta diretrizes para o cultivo de frutas tropicais e subtropicais, apontando as regiões do estado mais propícias, os tipos de solos, entre outras características que subsidiarão os agricultores ao pleno desenvolvimento das culturas.

Presidente da FAEMA, Raimundo Coelho, destacou que a fruticultura é uma das cadeias produtivas priorizadas na atuação do SENAR no estado.

Ao todo, o Plano indica 26 espécies frutícolas, distribuídas em frutas exóticas e nativas ou regionais. “O nosso estado tem riquezas naturais, diversidade única e outras vantagens competitivas que nos colocam em posição de destaque e com excelentes perspectivas de crescimento”, apontou o governador do estado, Carlos Brandão.

O documento ainda estipula políticas públicas para o aumento e expansão da produção e produtividade da fruticultura maranhense, visando o crescimento econômico do setor, bem como como se dará a atuação dos órgãos estaduais para atingir os objetivos definidos no documento. O objetivo é tornar o Maranhão referência na produção de frutas no Brasil, alcançando os mercados nacionais e internacionais, estimulando a geração de emprego, renda e a captação de grandes investimentos privados.

A elaboração do Plano foi coordenada pela SAGRIMA em parceria com outras secretarias e autarquias do Governo do Estado do Maranhão: AGERP, AGED, SAF, ITERMA, SEMA, UEMA, IMESC, além de parceiros como Ministério da Agricultura, ABRAFRUTAS, Embrapa e sistema FAEMA/SENAR/Sindicatos Rurais.

“A fruticultura é uma das cadeias produtivas que priorizamos em nossos investimentos de assistência técnica e gerencial, além dos cursos de formação profissional rural. Atualmente, atendemos 1.800 propriedades rurais com assistência técnica e gerencial especializada em fruticultura. Estamos formando também mais de 50 técnicos em Fruticultura em nossos polos de ensino técnico localizados em São Luís e Viana”, destaca o presidente da FAEMA, Raimundo Coelho.

Além dos investimentos citados pelo presidente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) ainda oferece dezenas de cursos voltados para o manejo frutícola e realiza eventos técnicos de transferência de tecnologia, em parceria com sindicatos rurais, como dias de campo e encontros de produtores rurais.