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Superintendente Luiz Figueiredo com a técnica do Senar Brasil, Thais Carrazza durante o Dia de Campo.

O Senar realizou no último final de semana, na fazenda Muniz, em Pindaré-Mirim (MA), o Dia de Campo do Pradam (Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia),  encerrando a I etapa  desse programa no Maranhão, que teve como finalidade  disseminar práticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) na região Amazônica.

Todos juntos no Dia de Campo em Pindaré-Mirim.

Mais de sessenta produtores rurais participaram da ação composta por três estações, onde se destaca na primeira delas: Benefícios da Integração Lavoura x Pecuária x Floresta (ILPF) para solo, Formação e manejo de pastagens (para uso especialmente na entressafra). Já na segunda, o tema tratado foi  a implantação do ILPF com alternativa de recuperação de pastagens degradadas para a região da Amazônia e na terceira, finalmente, falou-se do componente Florestal  do sistema ILPF.

Na estação, produtores rurais participam de palestra sobre ILPF

As palestras foram ministradas pelos professores Luciano Muniz (UEMA),  José Antônio Alves Cutrim Júnior (IFMA) e pelos supervisores técnicos do Senar, Rozalino Aguiar e Rodrigo Castro. Estavam presentes os presidentes dos Sindicatos rurais de Santa Inês (Antônio Santiago Oliveira), de Monção (Jhonsson Jackson Matos), Pindaré-Mirim (Kátia Morais) e de Santa Luzia (Raimundo Lima). Os trabalhos foram coordenados pelo gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MA (Epitácio Rocha) e equipe, pelo superintendente (Luiz Figueirêdo) e pela Coordenadora do Pradam do Senar Brasil, Thaís Carrazza.

Tecnologias ABC

A iniciativa é uma parceria entre o Senar, Embrapa, Ministério da Agricultura e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O Pradam mostra aos produtores rurais que com as tecnologias ABC é possível produzir em áreas já abertas e que não há necessidade de avançar sobre as florestas para impulsionar a produção e  produtividade nas propriedades.

O projeto propaga cinco tecnologias sustentáveis: Sistema de Plantio Direto,  Recuperação de Pastagens Degradadas, Florestas Plantadas, Sistemas Agroflorestais e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). As atividades do projeto ocorrem em vários estados da Amazônia legal como: Acre, Pará, Mato Grosso, Maranhão, Amazonas e Rondônia, com a realização de seminários e atividades de campo (dia de campo).

De acordo com Epitácio Rocha a segunda etapa do Pradam é composto por dois momentos: O primeiro deles é a realização de um Dia de Campo, e o segundo é a implantação de uma  Unidade de Referência Tecnológica (URT) de ILPF em parceria com o Instituto de Tecnologia do Maranhão (IFMA), onde o Senar e parceiros selecionou uma área de 4 hectares para o desenvolvimento de experiências tecnológicas de ILPF, que servirão como apoio aos produtores rurais maranhenses.

“A Unidade tem previsão para inaugurar no início do ano e terá como finalidade  ajudar na pesquisa e  ainda para capacitar produtores rurais”, disse Rocha.

Para o superintendente Luiz Figueiredo, essa tecnologia disseminada na Amazônia via Pradam, vai servir para otimizar o uso das áreas exploradas com atividade agrossilvipastoril, já que a região é penalizada atualmente pelo código florestal com reserva de 80%.

“E, mesmo com o Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) trabalhando para que esse índice fique em 50%, ainda é alto e vai precisar de tecnologia como essa da ILPF, para manter essa região economicamente viável”, disse ele satisfeito com os resultados.