Pequenos produtores herdeiros do trabalho do pai, unem técnicas tradicionais e inovação para aumentar a produtividade e garantir renda no campo. A história deles inspirou encontro de produtores que atraiu cerca de 200 pessoas ao evento.

Capinzal do Norte (MA) – Em uma pequena propriedade no Povoado Bom Jardim, os irmãos Mário e Maurício Silva mantêm viva a tradição da agricultura como fonte de renda familiar. O cenário é simples: um canteiro de hidroponia modesto, instalado próximo a pequenos canteiros de cultivo tradicional, onde são plantadas hortaliças como coentro, alface, pimenta de cheiro, quiabo e maxixe, entre outros legumes, verduras e hortaliças.
Mas a produção dos irmãos não se limita a esse espaço. Com áreas de plantio distribuídas também em suas casas e nas casas dos sogros, eles expandiram a produção
produção e passaram a atender feiras locais e mercados da região.
Desde pequenos, acompanharam o pai no trabalho árduo da roça, cultivando arroz, milho e feijão. O tempo passou, e a produção precisou se adaptar às novas exigências do mercado. Mas a maior reviravolta veio a pandemia de COVID-19, que vitimou o patriarca da família.
“A gente começou vendo meu pai trabalhando na roça, desde criancinha. Ele plantava arroz, milho, feijão, mas viu que aquilo não dava renda suficiente pra sustentar a família. Então começou a produzir hortaliças e vender de porta em porta. E assim foi crescendo”, lembrou Mário Silva.
Com a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho da família, cada irmão herdou um lote e seguiu caminhos complementares: Mário permaneceu na agricultura tradicional, aprimorando as técnicas de manejo, enquanto Maurício decidiu investir na hidroponia, sem abandonar o plantio no solo.
Tradição aprimorada – Mário optou por manter o sistema convencional de plantio, mas com mais planejamento e técnica. Com apoio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Maranhão, adotou práticas modernas de manejo do solo, controle de pragas e uso correto de defensivos agrícolas, além de melhorar a gestão da propriedade.
“De primeiro, a gente fazia tudo na enxada. Hoje já temos o trator e aprendemos a planejar melhor. O técnico do Senar ensinou como combater pragas e doenças, como escolher os produtos certos e quando aplicar.

aplicar. Isso melhorou demais”, explica Mário.
Aposta na hidroponia – Já Maurício decidiu inovar. Além de continuar com os canteiros tradicionais, viu na hidroponia uma oportunidade de expandir a produção sem precisar de mais terra.
“No começo, apanhei muito. Fiz um curso na internet e tentei sozinho. Mas só quando o Senar começou a acompanhar a gente é que melhorou. A hidroponia mudou tudo”, compartilhou Maurício Silva.
Com orientação do técnico de campo Joelson Abreu, Maurício aprendeu a controlar nutrientes, lidar com pragas específicas e otimizar o sistema de irrigação.
“Antes, a gente regava os canteiros na mangueira. Molhava tudo de uma vez, prejudicava a planta. Com a hidroponia, tudo é controlado. Eu fui buscar conhecimento e o Senar ajudou muito”, garantiu Maurício.
Hoje, ele produz até 500 maços de coentro e 300 de alface por semana, além de outras culturas.
O evento que confirmou o sucesso
O impacto positivo do trabalho dos irmãos Silva ficou evidente durante o 1º Encontro de Produtores Rurais de Olericultura de Capinzal do Norte, realizado no último sábado (15).

O evento, promovido pela Faema, com patrocínio do Senar Maranhão, reuniu produtores da região para discutir soluções tecnológicas e mostrar na prática os resultados da assistência técnica.
Para José Arthur Borges, presidente do Sindicato Rural de Dom Pedro, o encontro foi um marco para a olericultura da região e uma forma de mostrar que pequenos produtores também podem alcançar bons resultados com técnica e gestão eficiente.
“Esse evento é muito importante porque mostramos, através dos resultados, que mesmo em propriedades de pequeno porte, conseguimos produzir com qualidade e rentabilidade. Tudo isso, claro, através de um bom gerenciamento e de uma técnica bem aplicada”, destacou o presidente do Sindicato Rural de Dom Pedro. O evento ainda contou com as presenças dos presidentes de sindicatos rurais de Peritoró, Presidente Dutra, Tuntum e São Mateus.
Além das palestras e demonstrações práticas, os participantes conheceram mais sobre a verticalização da produção – conceito que permite aumentar a produtividade sem precisar ampliar as áreas de plantio.
“O trabalho que estamos desenvolvendo na ATeG ajuda o produtor a entender como investir corretamente na propriedade. Isso garante que ele possa crescer de forma planejada, sabendo o retorno financeiro que terá”, ressaltou o supervisor técnico da ATeG, Sebastião Neto.
Apoio que transforma – A prefeitura de Capinzal do Norte também reforçou a importância de iniciativas como essa para fortalecer a agricultura de pequeno porte.
“Esse evento trouxe muito aprendizado. Quanto mais conhecimento os produtores tiverem, mais eles podem evoluir e aumentar a renda. Vamos continuar apoiando”, prometeu a vice-prefeita de Capinzal do Norte, Carla Campos.
No final do evento, os irmãos Silva perceberam que sua história pode inspirar outros pequenos produtores.

“Eu sempre fui atrás de tecnologia. No começo, meu pai dizia que não precisava mudar nada, mas quando ele viu os resultados, entendeu que dava certo. E a gente continua aprendendo e crescendo a cada dia”, comemora Maurício Silva.
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Pequenos produtores herdeiros do trabalho do pai, unem técnicas tradicionais e inovação para aumentar a produtividade e garantir renda no campo. A história deles inspirou encontro de produtores que atraiu cerca de 200 pessoas ao evento.

Capinzal do Norte (MA) – Em uma pequena propriedade no Povoado Bom Jardim, os irmãos Mário e Maurício Silva mantêm viva a tradição da agricultura como fonte de renda familiar. O cenário é simples: um canteiro de hidroponia modesto, instalado próximo a pequenos canteiros de cultivo tradicional, onde são plantadas hortaliças como coentro, alface, pimenta de cheiro, quiabo e maxixe, entre outros legumes, verduras e hortaliças.
Mas a produção dos irmãos não se limita a esse espaço. Com áreas de plantio distribuídas também em suas casas e nas casas dos sogros, eles expandiram a produção e passaram a atender feiras locais e mercados da região.
Desde pequenos, acompanharam o pai no trabalho árduo da roça, cultivando arroz, milho e feijão. O tempo passou, e a produção precisou se adaptar às novas exigências do mercado. Mas a maior reviravolta veio a pandemia de COVID-19, que vitimou o patriarca da família.
“A gente começou vendo meu pai trabalhando na roça, desde criancinha. Ele plantava arroz, milho, feijão, mas viu que aquilo não dava renda suficiente pra sustentar a família. Então começou a produzir hortaliças e vender de porta em porta. E assim foi crescendo”, lembrou Mário Silva.
Com a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho da família, cada irmão herdou um lote e seguiu caminhos complementares: Mário permaneceu na agricultura tradicional, aprimorando as técnicas de manejo, enquanto Maurício decidiu investir na hidroponia, sem abandonar o plantio no solo.
Tradição aprimorada – Mário optou por manter o sistema convencional de plantio, mas com mais planejamento e técnica. Com apoio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Maranhão, adotou práticas modernas de manejo do solo, controle de pragas e uso correto de defensivos agrícolas, além de melhorar a gestão da propriedade.

“De primeiro, a gente fazia tudo na enxada. Hoje já temos o trator e aprendemos a planejar melhor. O técnico do Senar ensinou como combater pragas e doenças, como escolher os produtos certos e quando aplicar. Isso melhorou demais”, explica Mário.
Com essas mudanças, conseguiu aumentar a produtividade sem precisar expandir a área cultivada, otimizando o trabalho e reduzindo desperdícios.
Aposta na hidroponia – Já Maurício decidiu inovar. Além de continuar com os canteiros tradicionais, viu na hidroponia uma oportunidade de expandir a produção sem precisar de mais terra.
“No começo, apanhei muito. Fiz um curso na internet e tentei sozinho. Mas só quando o Senar começou a acompanhar a gente é que melhorou. A hidroponia mudou tudo”, compartilhou Maurício Silva.
Com orientação do técnico de campo Joelson Abreu, Maurício aprendeu a controlar nutrientes, lidar com pragas específicas e otimizar o sistema de irrigação.
“Antes, a gente regava os canteiros na mangueira. Molhava tudo de uma vez, prejudicava a planta. Com a hidroponia, tudo é controlado. Eu fui buscar conhecimento e o Senar ajudou muito”, garantiu Maurício.

Hoje, ele produz até 500 maços de coentro e 300 de alface por semana, além de outras culturas.
O evento que confirmou o sucesso
O impacto positivo do trabalho dos irmãos Silva ficou evidente durante o 1º Encontro de Produtores Rurais de Olericultura de Capinzal do Norte, realizado no último sábado (15).
O evento, promovido pela Faema, com patrocínio do Senar Maranhão, reuniu produtores da região para discutir soluções tecnológicas e mostrar na prática os resultados da assistência técnica.
Para José Arthur Borges, presidente do Sindicato Rural de Dom Pedro, o encontro foi um marco para a olericultura da região e uma forma de mostrar que pequenos produtores também podem alcançar bons resultados com técnica e gestão eficiente.
“Esse evento é muito importante porque mostramos, através dos resultados, que mesmo em propriedades de pequeno porte, conseguimos produzir com qualidade e rentabilidade. Tudo isso, claro, através de um bom gerenciamento e de uma técnica bem aplicada”, destacou o presidente do Sindicato Rural de Dom Pedro. O evento ainda contou com as presenças dos presidentes de sindicatos rurais de Peritoró, Presidente Dutra, Tuntum e São Mateus.
Além das palestras e demonstrações práticas, os participantes conheceram mais sobre a verticalização da produção – conceito que permite aumentar a produtividade sem precisar ampliar as áreas de plantio.
“O trabalho que estamos desenvolvendo na ATeG ajuda o produtor a entender como investir corretamente na propriedade. Isso garante que ele possa crescer de forma planejada, sabendo o retorno financeiro que terá”, ressaltou o supervisor técnico da ATeG, Sebastião Neto.

Apoio que transforma – A prefeitura de Capinzal do Norte também reforçou a importância de iniciativas como essa para fortalecer a agricultura de pequeno porte.
“Esse evento trouxe muito aprendizado. Quanto mais conhecimento os produtores tiverem, mais eles podem evoluir e aumentar a renda. Vamos continuar apoiando”, prometeu a vice-prefeita de Capinzal do Norte, Carla Campos.
No final do evento, os irmãos Silva perceberam que sua história pode inspirar outros pequenos produtores.
“Eu sempre fui atrás de tecnologia. No começo, meu pai dizia que não precisava mudar nada, mas quando ele viu os resultados, entendeu que dava certo. E a gente continua aprendendo e crescendo a cada dia”, comemora Maurício Silva.
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