Assistência Técnica e Gerencial será o principal produto dos sindicatos rurais brasileiros

Acredita o secretário executivo do SENAR. Ele abriu nesta quarta-feira o último dia do 3º Fórum da ATeG que acontece em Brasília

Brasília – “Não tenho a menor dúvida que a Assistência Técnica e Gerencial, com implementação tecnológica e melhoria da rentabilidade, vai ser o principal produto dos sindicatos rurais em todo o País”, afirmou o secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, durante o 3º Fórum da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) que acontece até esta quarta-feira (23) em Brasília.

O evento reúne gestores e coordenadores de ATeG de todo o Brasil para tratar da implantação do novo Sistema de Monitoramento de Assistência Técnica, o SISATeG. O novo sistema vai elencar dados importantes para auxiliar o SENAR a aumentar a qualidade dos serviços prestados pela Assistência Técnica e Gerencial entregue ao produtor rural.

“O sistema de inteligência se faz necessário porque ele garante além da gestão da ATeG, a de indicadores. É um sistema novo e moderno, que vai gerar uma série de dados que serão usados pela nossa entidade e pelas instituições públicas tomadoras de decisão”, acrescenta Daniel Carrara. “Com esses dados, a ATeG vai colocar o produtor dentro do sindicato rural. Não tem serviço melhor que o sindicato pode prestar a ele. Quando você leva um técnico qualificado para atendê-lo, o produtor vem. Independente de qualquer coisa, porque o produtor está interessado em ter tecnologia e renda.”

O coordenador de ATeG do SENAR, Matheus Ferreira, reforça o que foi dito pelo secretário executivo sobre a importância da geração de dados para ampliar a prestação de serviços da AteG ao produtor. “Nós acreditamos que essa prestação de serviço precisa ter mais informações para ajudar o produtor rural na tomada de decisão e a central de inteligência terá esse propósito.

É o dado individual que vai fazer o produtor evoluir. Porém, nada mais natural que os dados consolidados e compilados possam subsidiar informações de um estado, de uma região, país ou de uma cadeia produtiva. A central de inteligência vai conseguir, como ganho secundário da Assistência Técnica, subsidiar a tomada de decisão mais macro das cadeias produtivas para podermos saber onde precisamos melhorar para atender o sistema produtivo como um todo.”

Os supervisores e coordenadores dos estados comemoram o novo sistema e contam que a novidade vai dar suporte na identificação das necessidades dos produtores de cada estado. “Estamos muito felizes com essa nova plataforma. Vamos ter mais dados e uma abrangência maior de informações que vão nos ajudar a identificar o que tem que ser feito junto com o produtor rural para alcançarmos o nível de excelência que pretendemos no estado”, afirma Caio Sérgio Santos Oliveira, gestor de ATeG no SENAR Minas.

“É um amadurecimento cada vez maior do SENAR Brasil. Estamos aprimorando um sistema que já funcionava muito bem, com novos indicadores e nova visão, isso tudo trazido do campo com todas as Regionais envolvidas para que a gente fale a mesma língua, no mesmo patamar e consiga atingir, através da avaliação desses indicadores e desses números, o melhor desenvolvimento das propriedades rurais”, avalia Armando Urenha, coordenador de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR Mato Grosso.

A coordenadora de ATeG do SENAR Mato Grosso do Sul, Mariana Urt, destaca o cruzamento de informações e as formas de coleta de dados que foram melhorados no novo software. “Ficou uma plataforma mais amigável, autoexplicativa e vai facilitar para o técnico coletar esses dados de forma que ele minimize os erros nos lançamentos. Além disso, a grande vantagem dessa plataforma é que ela vai possibilitar, a partir dos dados coletados, informações de avaliação de desempenho das propriedades e dos grupos atendidos para que a gente possa tomar decisões mais estratégicas e assertivas com base nos dados reais das propriedades.”

Futuro da Assistência Técnica e Gerencial

 O secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara, é categórico quando questionado sobre o futuro da ATeG: o foco será investir mais na capacitação dos técnicos de campo em conhecimento gerencial e tecnológico, maior aproximação com as instituições de pesquisa como a Embrapa e a ampliação da oferta de ATeG no País.

“Há muitos órgãos interessados na nossa metodologia, avaliando os três anos que ofertamos ATeG com produtores com resultados maravilhosos de produtividade e rentabilidade. São instituições nacionais e internacionais interessadas em parceria com o SENAR para aumentar esse número de propriedades atendidas. Temos hoje no País aproximadamente 1,2 milhão de propriedades que já estão no ponto de receber uma proposta como essa e hoje o SENAR atende 60 mil produtores. Então, tem muita coisa ainda a ser feita.”