Presidente da FAEMA fala sobre empreendedorismo rural para acadêmicos de Administração

Raimundo Coelho foi o palestrante convidado para encerrar a programação do evento, que abordou os desafios do empreendedorismo no período pós-pandêmico.

O evento foi organizado pelos próprios alunos do curso de Administração.

Não há dúvidas que a crise sanitária causada pelo coronavírus trouxe também uma crise econômica que ainda traz consequências, especialmente para os empreendedores em todo o mundo. Os desafios que ainda são enfrentados desde o controle da pandemia foram o centro das discussões do VII Congresso de Administração de Santa Inês – CONASI, realizado no período de 22 a 24 de novembro, no campus do IFMA no município.

 Sob a iniciativa dos alunos do curso de Administração da instituição de ensino tecnológico, o evento teve uma programação com palestras e minicursos, voltados para o tema “Os Desafios da Gestão Pública e Empresarial no Pós-pandemia”.

 Convidado para encerrar o evento, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (FAEMA), Raimundo Coelho, participou de um bate-papo com alunos e professores, compartilhando principalmente a experiência do setor rural frente a esses desafios.

Que alegria compartilhar um pouco da minha experiência e conhecimento com essa turma jovem do curso de Administração do IFMA Campus Santa Inês. Sinto-me grato pelo convite, pelo acolhimento e reconhecimento, e pela troca de experiências que esse momento me proporcionou”, agradeceu o presidente.

Vale lembrar que mesmo antes da crise ocasionada pela pandemia de COVID-19, o o setor rural já era um pilar econômico essencial; e o empreendedorismo, especialmente os pequenos negócios, representavam 90% dos CNPJs ativos no Brasil e no Maranhão, e representavam mais de 50% das vagas de empregos ocupadas.

De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, em março de 2020, 89% das empresas maranhenses tiveram queda de faturamento, e atribuíram aos efeitos da pandemia. Apenas 2% dos pequenos negócios registraram aumento de faturamento neste período.

Além disso, dentre os pequenos negócios maranhenses atingidos, 75% tiveram queda de faturamento superior a 40% do faturamento.

Mas, na contramão, as empresas do agro não sofreram queda significativa de produção ou demanda.

De acordo com a plataforma Data Sebrae, dos mais de 253 mil pequenos negócios ativos no Maranhão, cerca de 191 mil são considerados mais vulneráveis à crise do coronavírus. A grande maioria deles são microempreendedores individuais (49%) ou microempresas (48%).

Mas, na distribuição por setores, a pesquisa mostra que o setor menos vulnerável à crise é o agronegócio: Comércio – 62,5%; Serviços – 27,3%; Indústria – 10%; Agronegócio – 0,2%.

Como o agro sobreviveu e cresceu no período? “Principalmente com inovação e tecnologia, mas também com o apoio de políticas públicas emergenciais”, avaliou Raimundo Coelho. Ele lembrou que o período pandêmico foi decisivo para que os empreendedores do setor rural começassem a vender online, buscassem capacitação em meios digitais, e procurassem o apoio de instituições como o Senar, que oferece capacitação e assistência técnica e gerencial para produtores rurais.