Técnicos do programa Mais Produção iniciam assistência a 1550 propriedades em agosto

 Equipe do Senar, liderada pelo titular do Senar, Luiz Figueiredo.
Equipe do Senar, liderada pelo titular do Senar, Luiz Figueiredo.

Depois de nove dias de treinamento, os 80 técnicos que atuarão no Programa Mais Produção, do Governo do Estado, foram certificados nesta quarta-feira, 03, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), e iniciam os trabalhos em campo ainda este mês. Serão 1550 propriedades em todo o estado recebendo assistência técnica e gerencial desses profissionais. A capacitação é oferecida por meio de convênio com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima).

Técnica de Campo é certificada pelo superintendente do Senar, Luiz Figueiredo.
Técnica de Campo é certificada pelo superintendente do Senar, Luiz Figueiredo.

Rafael Brito, engenheiro agrônomo, vai atuar na cadeia do arroz e já se vê como parte da transformação do setor produtivo do estado. “Nossa perspectiva com esse treinamento é de poder levar para o produtor a ideia da sua propriedade como negócio, que ele veja sua produção, pequena ou média, como uma geradora de renda e um ponto para superação da pobreza e melhoria da qualidade de vida. Quando formos para campo, queremos trazer de volta os bons índices que a agropecuária do Maranhão já teve no passado”, disse.

O convênio Sagrima-Senar representa um investimento de quase R$ 4 milhões em assistência a produtores rurais de todo o estado, com foco em cinco das dez cadeias produtivas definidas como prioritárias no Programa Mais Produção: hortifruticultura, leite e derivados, carne e couro, arroz e aquicultura.

Técnicos e instrutores durante palestra de encerramento  na UEMA
Técnicos e instrutores durante palestra de encerramento  na UEMA

A Metodologia de Assistência Técnica e Gerencial que será aplicada contempla cinco etapas, iniciando com o diagnóstico produtivo individualizado, passando pelo planejamento estratégico da propriedade, adequação tecnológica (para melhorar a eficiência produtiva e a rentabilidade da atividade), capacitação para o empreendedorismo e a gestão do negócio e, por fim, a avaliação sistemática de resultados.

O projeto será implantado pela Sagrima e o Senar, envolvendo as demais secretarias componentes do Sistema Estadual de Produção e Abastecimento (SEPAB), e parceiros como o Sebrae, secretarias municipais de Agricultura, instituições financeiras, sindicatos de trabalhadores rurais e instituições de ensino.

“Nós preparamos os técnicos em busca de oferecer todo um trabalho que vai nos permitir obter o produto que o governo do estado espera que são 1.550 propriedades produzindo em escala comercial inseridas no agronegócio e dando dinâmica ao setor rural do Maranhão que o governo Flávio Dino busca através do programa ‘Mais Produção’ e das cadeias produtivas”, destacou o superintendente do Senar, Luiz Figueiredo ao finalizar o treinamento com a  entrega de certificados aos técnicos, na Universidade Estadual do Maranhão, (UEMA).

Para o secretário da Sagrima, Márcio Honaiser, os técnicos terão papel fundamental no sucesso do Programa Mais Produção. “Todos os técnicos que irão daqui para o campo, farão parte desse novo momento do estado e vão poder contribuir para o aumento da nossa produção, a diminuição das nossas importações e a geração de emprego e renda, capacitando nossos produtores a trabalhar e gerenciar suas propriedades. Temos certeza que em pouco tempo teremos resultados significativos”, reforçou.

 

Mais Produção

O “Mais Produção” é voltado para o fortalecimento das cadeias produtivas do Maranhão e para geração de emprego e renda. Em cada uma das 10 cadeias produtivas prioritárias definidas pelo programa serão realizadas ações focadas no abastecimento e na busca pela autossuficiência, com investimentos de aproximadamente R$ 2 bilhões. As cadeias são de feijão, arroz, mandioca, carne e couro, ovinocaprinocultura, leite, avicultura (caipira e industrial), piscicultura, hortifruticultura e mel.

Na primeira etapa do programa, as propriedades serão beneficiadas com Unidades de Referência de Produção (URPs). Os produtores terão acesso a capacitação técnica e de gestão, aquisição de equipamentos, recuperação de estradas vicinais para escoamento da produção e diversas medidas aplicadas especificamente a cada cadeia, contemplando as etapas de produção. As iniciativas beneficiam o processamento, a agroindustrialização e a distribuição e comercialização dos produtos.