Mulheres de Barreirinhas despontam como produtoras de cajuína depois de curso do Senar

 

Parcerias no trabalho, as mulheres artesãs, investem no negócio da cajuína.

Maria José Pereira da Silva Santos, é formada em Filosofia e por algum tempo atuou como professora em São Luís. Mas, assim que mudou-se para o povoado Andiroba (Barreirinhas), ela passou a cultivar a terra. E, com o curso Aproveitamento Integral do Caju, ministrado por instrutores do Senar, ela realizou o sonho que acalentava há tempos –  produzir cajuína.

Assim como Maria José, outros moradores de Andiroba, que também participaram da capacitação do Senar, como Keilane Pinto, Alcinéia Costa e Silva e Edvaldo Brito Batista, se associaram a ela, com o intuito de produzirem a bebida muito apreciada na região, assim como no  aproveitamento da polpa do caju, para doces e compotas.

Cajuína

Litro de cajuína da produção das produtoras rurais capacitadas pelo Senar.

A cajuína é uma bebida típica do nordeste brasileiro, muito produzida e consumida no Maranhão, Ceará e principalmente no Piauí, onde é considerada Patrimônio Cultural do Estado e símbolo cultural da cidade de Teresina.

Preparada a partir do suco de caju, sem álcool, clarificada e esterilizada, apresenta uma cor amarelo-âmbar resultante da caramelização dos açúcares

No caso do grupo de produtores rurais de Andiroba, a bebida é feita artesanalmente, com os frutos retirados de cajueiros que existem em abundância na própria comunidade, assim como em várias outras comunidades do município de Barreirinhas.

Além de buscar conhecimentos para a exploração da fruta nativa, a professora e produtora rural Maria José, também participou dos cursos de Piscicultura, Cultivo de Hortaliças Folhosas, criação de Frango e Transformação da mandioca. Todos ministrados pelo Senar, em sua região.

“O conhecimento que recebemos com o Senar ajudou muito, porque alavancou o nosso projeto. Foi através dele que aprimoramos as técnicas de produção, aprendemos a comercializar e agora, esperamos adquirir as ferramentas que ainda nos faltam e ganhar o mercado regional”, disse, acrescentando que “força de vontade é o que mais temos. Somos dona de casa, artesãs, produtoras rurais e vamos seguir em frente com o projeto”, destacou ela.

Para o Superintendente do Senar, Luiz Figueirêdo, a atitude proativa dessas mulheres é que cria ânimo para a gente continuar atuando em benefício dessas comunidades carentes de nosso Estado.

“É para o Senar motivo de satisfação ver que todas as técnicas transferidas nessa agroindústria caseira, estão sendo aproveitadas e utilizadas na melhoria da renda familiar”, afirmou o gestor.

Cajuína, doces e compotas produzidas após curso do Senar.