Casal triplica produção de peixe com assistência técnica do Senar

 

 A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) têm feito a diferença na vida de produtores de todo o país. Com as orientações necessárias, muitos aprimoraram a gestão da propriedade e ganharam escala e transformaram suas atividades em negócios rentáveis.

Foi o que aconteceu com os piscicultores Carlos César dos Santos e Isabel Melo. O sítio usado para lazer nos finais de semana, no município de Santa Inês, no Maranhão, tornou-se uma fonte de renda para o casal com a produção de peixes, graças aos trabalhos prestados pelo Senar.

Desde 2019, eles são atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial gratuita do Senar/MA. Desde então, a produção de peixes em viveiros saltou de cinco toneladas naquele ano para 15 toneladas na safra 2021, que está sendo comercializada na Semana Santa.

O piscicultor Carlos César planeja aumentar a produção para 20 toneladas de peixe por safra
O piscicultor Carlos César planeja aumentar a produção para 20 toneladas de peixe por safra

“A propriedade mudou da água para o vinho a partir do acompanhamento do Senar. A cada safra a produção aumenta e o retorno disso está sendo muito positivo. Já fazemos planos para alcançar o total de 20 toneladas por ano”, destaca o piscicultor, que destaca o apoio da esposa no cuidado da gestão e de comercialização.

A área total do sítio é de 10 hectares, dos quais cinco são dedicados ao cultivo dos peixes tabatinga e curimatá. Mensalmente, o técnico do Senar e engenheiro de pesca, Marcos Pedro de Lima, realiza o atendimento na propriedade.

No início, o foco estava na organização do manejo e nas anotações econômicas. “Após o diagnóstico produtivo individualizado, identificamos a necessidade do monitoramento da água, construção de um berçário para os alevinos, separação dos peixes por tamanho e peso para o melhor controle no manejo da ração de acordo com cada fase”, destaca o técnico do Senar.

A piscicultora Isabel e o técnico do Senar, Marcos Pedro (antes da pandemia)
A piscicultora Isabel e o técnico do Senar, Marcos Pedro (antes da pandemia)

Com todos os ajustes realizados, acrescenta o técnico, eles conseguiram realizar um planejamento que resultou em ótima safra para este ano. “O valor médio do quilo na Semana Santa foi comercializado a R$ 10, o que consideramos muito bom apesar da pandemia”, finalizou.

O Senar disponibiliza acompanhamento técnico e gerencial para mais de 20 cadeias produtivas do agronegócio, incluindo a aquicultura. Em todo o país, são 3.692 propriedades rurais de piscicultura, 326 da área de produção de camarão (carcinicultura) e 76 dedicadas à produção de moluscos (maricultura).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produziu mais de 529 mil toneladas de peixes de cultivo, em 2019, com destaque para Paraná, São Paulo e Rondônia.

O país tem potencial para expandir a produção de pescado e ampliar o consumo do produto. Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que cada brasileiro consome em média 10 quilos dessa proteína por ano. A ATeG do Senar pode auxiliar a alavancar a produção, como é o exemplo do casal de Santa Inês.

Capacitação – O Senar oferece cursos de formação profissional rural nessa área. Além disso, disponibiliza cursos a distância e online com foco no manejo na produção e os sistemas de produção de peixes e seus aspectos essenciais. Para conhecer, acesse http://ead.senar.org.br/

 A videoteca do Senar ainda disponibiliza vídeos sobre aquicultura, que mostram como realizar a biometria e classificação, além do povoamento na piscicultura. Clique aqui https://www.cnabrasil.org.br/senar/colecao-senar/videos

Assessoria de Comunicação CNA