Agronegócio contribui para queda da inflação e geração de empregos em 2017

Brasília (05/12/2017) – Apesar de um ano turbulento na economia e na política, o agronegócio, mais uma vez, dará sua contribuição para o país sair da crise. Em 2017, o setor foi o principal responsável pela queda da inflação, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo a entidade, o grupo “Alimentação e Bebidas”, que tem o maior peso entre os produtos analisados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 24,8%, foi o que mais ajudou na queda dos preços. De janeiro a outubro, este item teve deflação de 2,02%.

Já a alimentação em domicílio (que faz parte do item “Alimentação e Bebidas”) teve queda de 4,56% nos preços no mesmo período, segundo análise da CNA. Este resultado demonstra que “os recordes produzidos no campo se refletiram em alimentos mais baratos para a população brasileira”.

A previsão para o IPCA em 2017 é de 3,03%. Caso seja confirmado, será o menor patamar registrado desde 1998, puxado principalmente pelo agro.

Entre os alimentos analisados no IPCA, os cereais, fibras e oleaginosas registraram o maior recuo até agora neste ano, de 21,27%, seguidos por frutas (15,86%), açúcares e derivados (11,53%), leites e derivados (4,98%), aves e ovos (4,5%) e carnes 3,99%.

O ano de 2017 também foi marcado pela safra recorde de grãos e fibras em 2017, favorecida pelo clima. Entretanto, a colheita puxou os preços para baixo e o produtor teve rentabilidade menor neste ano.

Empregos – O saldo líquido de empregos gerados no campo teve em 2017 a maior expansão dos últimos cinco anos. De janeiro a outubro, as contratações superaram as demissões em 93, 6 mil vagas, 84% a mais do que o mesmo período de 2016.

No acumulado de 12 meses, a agropecuária foi o único segmento a aumentar os postos de trabalho, com saldo de 19,2 mil vagas.

PIB – A previsão do Produto Interno Bruto da agropecuária (dentro da porteira) é de alta de 9% a 11% em 2017. Para o agronegócio, que engloba toda a cadeia produtiva (insumos, agropecuária, indústria e serviços), a estimativa é de participação de 23,5% no PIB deste ano e o crescimento projetado para 2018 é de 0,5% a 1%.

Conjuntura – A CNA avalia que o setor agropecuário obteve ganhos importantes em 2017, como a reforma trabalhista, a partir do fortalecimento das negociações entre empregadores e empregados. Contudo, a Confederação considera essencial a aprovação das reformas previdenciária e tributária, desde que não onerem o produtor rural.

Em um ano eleitoral, a entidade alerta também para as questões do câmbio, inflação e juros, que podem influenciar o comportamento do agronegócio.

Relações Internacionais – Na parte de comércio exterior, a CNA aponta que o agro foi determinante para o saldo da balança comercial brasileira. As exportações do setor em 2017 correspondem a 45% das vendas externas totais do país. De janeiro a outubro, os embarques somam US$ 82 bilhões, elevação de 12,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Para o próximo ano, a projeção de ampliação das exportações. A previsão da CNA é de que as vendas externas cheguem a 50% dos embarques totais do país. Espera-se a conquista de novos mercados por meio de acordos comerciais para o Brasil. A expectativa é de se fechar um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ainda em 2017, além da busca por novos mercados para produtos brasileiros, como Coreia do sul, México e Japão.

SENAR – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) capacitou 792 mil produtores e trabalhadores rurais nos cursos de formação profissional rural, além de  mais de 267 mil pessoas nas ações de promoção social. O programa de Assistência Técnica e gerencial (ATEG) atendeu em 2017 mais de 100 mil produtores e treinou mais de 1,2 mil novos técnicos de campo e supervisores.

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